A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL
Durante a Segunda Guerra Mundial, foram mortos seis milhões de judeus; milhões foram roubados; sua cultura e sua sociedade foram mutiladas.
Este holocausto quase inacreditável reforçou a ideia do movimento sionista, que pregava a criação de um Estado nacional para os judeus. Daí chegou-se à fundação do Estado de Israel, em 1948.
Quando o Estado de Israel foi criado, a Palestina era governada pela Inglaterra desde 1916. Poucas horas antes de se esgotar o mandato inglês sobre a Palestina, no dia 14 de maio de 1948, foi criado o Estado de Israel.
Desde o século treze, até 1916, o império turco-otomano controlava todo o Oriente Médio. Com sua derrota na Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha e a França assumem o controle sobre o Oriente Médio, que é dividido em vários Estados separados: Iraque, Síria, Jordânia, Líbano e Palestina.
Um ano mais tarde, pela Declaração de Balfour, os ingleses prometiam aos judeus um lar na Palestina. Era a concretização de um sonho que Theodore Herzl acalentava: que os judeus tivessem uma terra onde pudessem se sentir livres.
Em 1922, a Liga das Nações havia aprovado a ideia da criação de um Estado judeu na Palestina, embora não se cogitasse ainda a de um Estado independente e soberano. Esta ideia só surgiu mais tarde. A imigração de judeus se intensifica. Só que, até aquele momento, a população nativa - os árabes - não havia sido consultada.
A Alemanha de Hitler declarou que era chegada a hora da "solução final", que significava a total aniquilação dos judeus. Com isso, aumentou o número de judeus que fugiam para Israel.
Para os judeus, a Palestina é a terra prometida. Levam para lá todo o seu potencial financeiro e tecnológico e começam a construir um país.
Mas, a região já estava ocupada por uma sociedade de cultura e tradição tão antigas quanto às dos recém-chegados, com a diferença que, no Oriente, 65% da população é pobre e analfabeta.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a ONU propõe a divisão da Palestina em dois Estados: um Estado árabe e um Estado judeu.
A União Soviética e os países árabes rejeitam a proposta.
Para os judeus, que haviam escapado ao holocausto, Israel é, afinal, o paraíso que tanto esperaram. Para os palestinos, é uma grande injustiça permitir-se que sua terra seja ocupada por gente recém-chegada.
Em 14 de maio de 1948, Ben Gurion assina a proclamação que cria o Estado de Israel. Os ingleses se retiram e, imediatamente, o Egipto, o Iraque, a Jordânia, o Líbano e a Síria atacam Israel. E são derrotados em poucos meses.
Setecentos e cinqüenta mil palestinos têm de abandonar o país e são exilados. Neste êxodo, nasce outro povo. É o início de um novo drama: o dos refugiados palestinos.
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